segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

DUDU, UM ALVINOPOLENSE DE VALOR...

 

Ele começou como humorista, imitando diversas figuras públicas, de Silvio Santos a Lula, Bolsonaro, vozes de desenho animado. Primeiro humorista de Alvinópolis. Alvipa sempre teve bons contadores de piada, pessoas espirituosas, mas humorista assumido, acho que é o primeiro. Ele é ator também, embora não assuma publicamente esse papel, pois é capaz de encarnar personagens. Inclusive, se vc precisar de uma locução séria e institucional, ele tem capacidade também. Se precisar para um evento agropecuário, ele arrebenta. Se precisar de locutor pra porta de loja, pra eventos empresariais, é só passar o script  que ele vai lá e comunica com muito carisma. Tenho vontade de fazer alguns projetos com ele. Ainda não foi possível, mas qualquer dia, quem sabe? Imaginem um show de calouro na praça da creche, com um karaokê, com artistas de todas as idades se apresentando e ganhando prêmios oferecidos pela ACIA? Só viajei aqui, pessoal. Por que esse caboclo alvinopolense tem o dom de levar alegria e comunicar. Talvez ainda lhe falte um pouco mais de auto-estima, de autoconfiança. mas isso virá na medida que for tendo oportunidades. Alvipa tem essa mania de não dar valor a quem é da terra.  Que a cidade saiba aproveitar seu talento, antes que outra cidade o faça. Viva Dudu e os talentos alvinopolenses.

domingo, 1 de outubro de 2023

SR JAYME BARCELOS, A ELEGÂNCIA EM PESSOA

 

O poeta Ilderaldo Francisco Ferreira lhe chamava de " O HOMEM DO ETERNO TERNO" por que o terno preto lhe cabia muito bem. Elegante em todos os sentidos, o Sr Jayme era uma pessoa muito refinada. Foi uma das primeiras pessoas que me atiçou o gosto pela literatura. Ele falava das obras máximas da literatura brasileira com uma leveza, falando sempre baixo, sem destemperos. Ele recitava diversas poesias de cabeça, com ritmo e interpretação perfeitos. Devo muito de minha formação a esse Alvinopolense de alta linhagem. E aprendi outra coisa com ele: sr pessimista no futebol. Cruzeirense, assim como seu filho Manoel ( Neo Gemini), ele nos ensinava a respeitar os adversários. Lembro-me que o Cruzeiro ia jogar contra o Valériodoce de Itabira. Cruzeiro era cheio de craques, ganhava dos melhores do pais. Mas ele dizia...- ih...o Valério é duro. Povo de Itabira tem vontade de ferro, um povo que não se abala com uma pedra no caminho. Eu ficava preocupado. Ele citava indiretamente Drummond, contemporâneo dele. Pode ser que eles tenham até se encontrado nas estradas da vida. Nesse dia o Cruzeiro venceu o Valério por 3x0. No outro dia o procurei e ele falou. Eles são duros. O Cruzeiro é que foi pedra mole. Alguns dias depois, esse mesmo Valério venceu o Atlético por 2x1. Eu falei pra ele...Sr Jayme, o sr tinha razão. O Valério é duro mesmo. Mas o pessimismo dele era em todo jogo. Ele sempre dizia...ih...a Ponte Preta é dura. O Santa Cruz é duro. Qualquer time que ia jogar contra era duro. E eu peguei a mania. Sempre respeito e temo os adversários. Meu amigo Jovelino até me xinga quando eu faço comentários pessimistas. Ele diz: sai pra lá Sô Jayme. Mas eu gostava do homem do eterno terno, junto com a Dona Bibi, um casal muito bonito e harmônico. Saudade demais, viu...

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

MARDÉLIO COUTO É UM ALVINOPOLENSE DE VALOR

 

O jornalismo em Alvinópolis, sem dúvidas tem como patrono José Faustino Gomes, um grande alvinopolense que dedicou sua vida à educação,a imprensa e a família. Depois tivemos o Sr Ernesto de Souza, que editou seu jornal "O PROGRESSO" durante décadas. Tivemos ainda  Frederico Ozanam Barcelos, que foi superintendente da Rádio Inconfidência, jornalista de altíssimo nível. Názia Pereira é outra repórter importante, que trabalhou em prestigiosas mídias mineiras e faz belo trabalho. E recentemente temos a alegria de acompanhar a trajetória de Mardélio Couto, um rapaz que começou numa rádio comunitária em Alvinópolis e vem acumulando prêmios e evolução na carreira. Mardélio começou a ter destaque de verdade como repórter na rádio Bandnews Minas. Foi conquistando espaços, principalmente na cobertura das tragédias de Mariana e Brumadinho. Nessa época, apareceu em edições nacionais do jornalismo da BAND e teve oportunidade de trabalhar com o mítico jornalista Ricardo Boechat, que nos deixou tragicamente em um acidente de helicóptero. Mardélio atua também como âncora, muito à vontade conduzindo programas e quadros.  Continuou fazendo um trabalho de excelência, sempre crescendo dentro da rádio, e acumulando prêmios de jornalismo. Sou ouvinte assíduo das rádios BANDNEWS e CBN e tinha preferência pela BAND por que o Mardélio tava lá(rs). A Band é uma rádio que tem uma plástica um pouco mais jovem, dinâmica. A CBN, que inaugurou o formato talk rádio no brasil, apenas com matérias jornalísticas, sempre me pareceu um pouco mais adulta. Mas eis que recentemente Mardélio foi pra CBN(que é do sistema globo). Maturidade? No meu ver começou um pouco tímido, como bom mineiro, estudando o ambiente. Mas com pouco tempo já dominou o espaço e tem dado show. Sempre que instado, é o repórter que apresenta as notícias mais detalhadas com informações interessantes e bastante carisma na voz. Tem participado direto também dos programas nacionais, sempre com muita competência e deferência por parte dos seus pares. Por isso não tenho dúvidas em afirmar que Mardélio é um Alvinopolense de valor...e ainda com muita estrada pela frente. Esse menino vai longe...e de bike... 

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

ALFRED HENRIQUE, POETA E AMBIENTALISTA

Esse camarada eu aprendi a respeitar. Ele é polêmico, multi-tarefas, está em muitos lugares ao mesmo tempo. Imagino que deve desagradar algumas pessoas, pois denuncia coisas que as pessoas naturalizam. Ele não suporta ver como as pessoas lidam com o lixo em Alvinópolis, fotografa e coloca na roda os sujões. É indignado com a falta de civilização de algumas pessoas, que parecem não enxergar a cidade como sua casa. Participa dos projetos CIDADE VERDE e CARIMBÓ, também é bom no marketing, um dos alvinopolenses mais presentes nas redes sociais. É proprietário da CONCENTRALFA, que se dedica a dedetizar e livrar os ambientes das pragas de todos os tipos. Além do mais é poeta inspirado, procura extrair a poesia do cotidiano,  batalhando no momento para lançar o seu primeiro livro. Alfred Henrique é um Alvinopolense de valor. 

sexta-feira, 21 de junho de 2019

JOÃOZIM

Joãozinho é um Alvinopolense de imenso valor. 
O nome dele é João Carlos de Souza Carvalho. Pra muitos, Joãozinho de João de Vina ou só Joãozinho. Pra nós do Verde Terra, o nosso Gão. Pra mim uma influência positiva,por colocar o coração em tudo que faz, pela capacidade de gestão, senso de organização,  respeito com o que é público, pela sensibilidade artística, por ter feito ótimos trabalhos por onde passou, por ser um companheiro de cantoria, enfim. Só para terem uma ideia da importância desse sujeito, ele fez pelo menos uns 10 festivais  SOZINHO. Ele dava conta de seu trabalho como secretário e ainda encontrava tempo de organizar alguns dos melhores festivais de música que tivemos. O Festival deve muito a ele. Foi ainda um dos fundadores de um dos maiores fenômenos do carnaval alvinopolense que foi o BAG e com muito orgulho, presidente do Alvinopolense. Também participou de organização de shows, cavalgada e exposições no parque de exposições. Além do mais, é músico, bombardinista preciso, cantor fundamental no vocal verdeterrano. Depois ainda dirigiu por anos a Rádio Alternativa de João Monlevade, que ajudou a estruturar, deixando como legado muitas melhorias na estrutura e amizades que vão ficar para sempre. Hoje está aposentado e reside em João Monlevade, mas está sempre em Alvinópolis, cidade do coração.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

ILDERALDO, O VIVALDO. MENINO BOM D'ORELHA.

Sua fala é feita de memórias, humor, prosa e poesia. Ele é Ilderaldo, o Vivaldo, o poeta sanão, menino excelso que transborda poesia. Ele lançou diversos livros e é daqueles sujeitos que vive poesia 24 horas, que recita frases e poetisa naturalmente, pela vida à fora. Todo encontro com Ilderaldo é certeza de muito humor e amor pela vida. Ele conta casos incríveis que realmente aconteceram. Dariam excelentes livros ou até curtas. Ilderaldo tem o dom de mixar fantasia com  realidade, no que se entende como realismo fantástico. Por exemplo, teve uma vez que ele chegou na república onde morávamos com o pé machucado. Ele contou que estava andando pela Pedro II, quando passou um caminhão e deixou cair uma lata de doce de leite de 5 kgs em seu pé. E ele realmente estava com uma lata de doce de leite amassada debaixo do braço. São muitos causos mirabolantes. Sempre foi pesquisador. Tem um acervo fantástico de CDs e vinis raros. Através dele conheci artistas desconhecidos, mas de altíssimo nível. 
Ele é fi de zé meu fi, mestre do Prú Tchá. Pra quem não sabe, Prú Tchá é um grito de força que só existe em Alvinópolis, criado pelo seu pai zé meu fi. Mas fazer prú tchá do jeito certo requer técnica. Quem quiser fazer um curso de prú tchá, tem de falar com Ilderaldo.Tive a sorte de conviver muito tempo com ele e de ser seu amigo. Menino ótimo d'orelha. Tamos juntos, vivos e operantes!

sábado, 9 de junho de 2018

TIOS MUSICAIS

Dois tios meus em ação: Tutuia e Babucho


FAMÍLIA MUSICAL

Minha família por parte do meu pai é muito musical.Desta vez eu vou pedir licença pra falar de 4 tios que ajudaram a moldar a minha músicalidade.  

TIBABUCHO

O primeiro deles é meu tio Babucho. Era conhecido como grande cavaquinista; Era músico intuitivo, desses que toca tudo de ouvido. Ouvia a música uma vez só e já tocava a música inteira.  Também sabia improvisar. Era sentir a linha da música e acompanhar usando cavaquim base ou solo. Também tocava violão muito bem, principalmente samba, chorinho e seresta. A primeira música que fiz na vida tive de recorrer a ele. Influenciado pelo festival de música que nascia na cidade, criei um samba chamado "Venha".  Fui até a barbearia dele com um velho gravador k7 do meu pai, mostrei  a melodia e ele criou um violão maravilhoso ali na hora. Com essa gravação fiz inscrição em meu primeiro festival. Pena que não tenho mais essa gravação.

TITÚIA

Meu tio tutuia também foi uma forte influência por uma razão muito simples: por causa do Baião. Meu tio era fã e divulgador da obra do grande Luiz Gonzaga. Cantava todas as músicas. O curioso é que na época, os baiões eram bem aceitos nos bailes. Ele tinha um repertório vasto. Em sua casa sempre tinha uma banda ensaiando também, com suas  guitarras, baixos, baterias e teclados. Ricardo sempre na bateria, mandando ver. Serginho também por perto. Lembro-me muito de Neguinho também. Mas a parte do Baião era com o Titúia. Outra coisa que não me esqueço é que ele foi a primeira pessoa que conheci na vida que se sensibilizava com a causa dos negros, que foram tão mal tratados no Brasil na época da escravidão.  Tive a oportunidade de interpretar uma música dele num festival que falava sobre isso.


TITONE

Meu pai, conhecido na cidade como Tony Anemia, era chamado pelos sobrinhos de Titone. Sempre adorou música também e tem o vício do assovio. Assovia o dia inteiro até hoje. Com ele conheci a beleza dos boleros de Bienvenido Granda, Trio Los Panchos,  Romanticos de Cuba, também das orquestras de Billy Vhogan, Paul Mauriat, Green Miller,  os tangos imortais, além da MPB. Tenho uma imagem muito forte na memória, de um dia em que chegou em casa com um toca-discos portátil. Aquela era uma máquina fantástica. Ele comprou vários discos e tinha um em especial: o disco "CONSTRUÇÃO" de Chico Buarque de Holanda. Quando ele colocou pra tocar, em princípio tive um estranhamento. Achei a voz, sei lá, de nhem-nhem-nhem. Mas ele adorava e punha pra tocar direto. Acabei ficando viciado também. Depois vieram Gal Costa, Maria Betânia, Roberto Carlos e um tal de Raul Seixas. 

TIJOÃO DE VINA

João Divina gostava de tocar bandolim. Ele tinha sua barbearia, que manteve por anos a fio. Sempre de tardezinha, quando o horizonte já começava a ficar dourado, ele pegava seu bandolim, ligava na caixa de som e tocava as músicas mais lindas do cancioneiro brasileiro. E tocava sem acompanhamento nenhum. Era ele e o bandolim.  E o ar se enchia com aquele som divino, tocado com muito sentimento.